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segunda-feira, 16 de maio de 2011


Inimigas do meio ambiente: Sacolas plásticas estão com os dias contados

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Elas estão por toda a parte, nos supermercados, nas padarias, debaixo das pias das donas de casa e pelas ruas da cidade. Não há quem não ache a sacola plástica um meio mais fácil para transportar alimentos ou outros objetos. Embora a maioria dos brasileiros esteja acostumada a pedir as sacolas plásticas nos estabelecimentos, o que pouca gente ainda sabe, apesar das campanhas que tem sido feitas é que uma sacola plástica leva de 100 a 400 anos para se decompor.


Foto: Soraia Alves

Preocupados com esse cenário, o governo do Estado de São Paulo e a APAS, Associação Paulista de Supermercados, assinaram um acordo nesta semana para acabar com o uso das sacolas nos supermercados paulistas. Até o final do ano, o setor supermercadista deve dar opções aos consumidores para que estes deixem de usar as sacolas plásticas.

A proprietária da padaria e confeitaria Lorenense, Neide dos Santos, é a favor da proibição. “Eu acho excelente, temos que colaborar com o meio- ambiente porque tudo influi, hoje estamos sofrendo com o clima, com as doenças. O plástico acaba com a natureza e outras coisas também , mas acho que o plástico é o pior. Temos que colaborar pra ter mais saúde e mais vida, até as crianças hoje sofrem com problemas de respiração, antes o pessoal antigo não tinha tanta doença igual temos agora, então temos que fazer essa boa ação”, ressalta.

Apesar da lei ainda não ser realidade em Lorena, alguns supermercados da cidade já adotam medidas de conscientização e alternativas para os consumidores deixarem de usar as sacolinhas.

De acordo com o gerente de Lojas do Supermercado Vilela, Nelson Cardoso de Paula, essa conscientização é importante para evitar a poluição e a degradação do meio-ambiente.“Acho que o incentivo veio na hora certa e a população precisa se conscientizar e contribuir com a natureza. O Vilela já está alertando os consumidores com alguns avisos que estão sendo colocados em um caixa sim, outro não, pra reduzir o consumo de sacolas.Oferecemos também caixas de papelão para o consumidor levar seus produtos e já irem se acostumando até que a nova lei seja aplicada aqui em Lorena”, explica.

Já no supermercado Pão de Açúcar, o consumidor pode encontrar sacolas retornáveis como alternativa as sacolas plásticas.


Supermercado Vilela também conscientiza consumidores


Sacolas retornáveis disponibilizadas no Pão de Açúcar
 A dona de casa, Fátima Aparecida de Oliveira, concorda com o uso de outros materiais recicláveis. “Acho que a proibição é muito importante, pois a sacola faz muito mal pro meio- ambiente, se tivesse um outro material reciclável faria menos mal pra nós, nossos filhos e netos.

O “tomador de conta” , Laércio de Souza, também acha certo que a sacola plástica não seja mais utilizada. “O plástico demora pra acabar e o papel é mais rápido”, diz.

A sacola de feira ou de pano também pode ser uma boa aliada na hora de fazer as compras, como lembra o aposentado Pedro Barbosa. “No tempo do meu pai era saco de algodão, comprido, cada quilo era um saquinho pequenininho que era de algodão ,de pano, depois que foi mudando e o povo foi começando a usar a sacola”.

Informações publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo, apontam que no Brasil são produzidas 210 mil toneladas por ano de plástico filme( matéria-prima da sacola), o que contabiliza 18 bilhões de sacolinhas plásticas circulando no país.

De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente,os brasileiros consomem 1,5 milhões( um milhão e meio) de sacolas plásticas por hora, 33 milhões de sacolas por dia e 12 bilhões por ano.

Os números impressionam , mas engana-se quem pensa que a sacola plástica somente tem como prejuízo o lento processo de decomposição na natureza. Estimativas do Ministério do Meio Ambiente apontam que o uso inadequado das sacolas plásticas contaminam os rios, entopem bueiros, causam enchentes e matam um milhão de animais marinhos por ano.

FAÇA SUA PARTE

Quando for ao mercado de carro, prefira levar as caixas de papelão disponibilizadas no supermercado ao invés das sacolas plásticas, assim você evitará um consumo desnecessário e contribuirá com o meio ambiente.
Já para quem vai às compras a pé ou de ônibus, especialistas recomendam levar (dependendo da quantidade da compra) a tradicional sacola de feira, ecobags ou sacolas retornáveis. Para as donas de casa, o mais correto é colocar o lixo em sacos de lixo preto que geralmente podem ser reciclados. Na hora de comprá-los, verifique na embalagem se o material é reciclável.

Quer fazer sua parte? Recuse sacolas plásticas. No canto direito do blog, há um contador. Cada vez que você recusar uma sacola descartável clique no ícone. A campanha e a iniciativa são do site: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/sacolas-descartaveis-plasticas-contador-490006.shtml. Se cada um fizer o seu papel, poderemos contribuir e, muito, com a natureza.

domingo, 8 de maio de 2011


Cerâmica de Cunha: Um misto de beleza e arte

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A Estância Climática de Cunha é simplesmente cativante, bem como o povo que lá vive. Quem tem a oportunidade de visitar a cidade, se encanta com aquele ar de interior, com as belas montanhas e cachoeiras, e com sua gente simpática e hospitaleira.
A cidade ainda reserva reflexões e surpresas cabíveis de serem aqui expressas. A simplicidade, o contraste e as tradições juntam-se formando um intenso mergulho ao passado.
O rico artesanato e a cerâmica são outros atrativos da cidade. Tigelas, potes, esculturas e vasos. De peças utilitárias a itens para decoração. Não há quem não se encante com a beleza e a magia desses objetos, feitos pela mão do homem e pela sabedoria da natureza que imprime nas peças o seu toque final. Assim é a cerâmica, previsível e imprevisível por vezes. A Estância Climática de Cunha tornou-se um dos mais importantes centros de cerâmica artística de alta temperatura do país e é reconhecida internacionalmente.
Vários ceramistas que estão hoje em Cunha vieram de outros países. O primeiro grupo que chegou a Cunha no ano de 1975 montou o primeiro forno noborigama na cidade. Entre eles, está Alberto Cidraes, nascido em Portugal, conheceu a cerâmica em 1970 quando estava fazendo curso de pós-graduação em arquitetura, no Japão.
“Comecei a ver alguns ceramistas, frequentar alguns ateliês de cerâmica, e comecei a expor no Japão, depois eu combinei com dois amigos ceramistas de montarmos um ateliê no Brasil, foi aí que Cunha surgiu, pois estávamos procurando um lugar na região e a Prefeitura da cidade acabou oferecendo um matadouro desativado para montarmos o ateliê.”conta.
No ateliê de Alberto Cidraes, o visitante pode conferir de esculturas a peças de decoração cheias de estilo e personalidade. De acordo com ele, a técnica que vem sendo utilizada é cada vez mais simples.
“Eu uso um barro de Cunha e também um barro branco, e depois eu desenho retirando o barro branco, fazendo aparecer no desenho o barro mais escuro. Eu faço uma coisa que se chama monoqueima no forno noborigama que é uma queima só, geralmente neste tipo de cerâmica existem duas queimas que é a do biscoito e a queima do esmalte, como eu não uso esmalte, eu faço uma queima só, a 1.300ºC.” explica.



Várias técnicas e opções para os turistas

Na cidade, há opções para todos os gostos e bolsos. Isso porque só em Cunha há cerca de 30 ateliês que normalmente são formados por casais, mas a diversidade das peças fica por conta da criatividade de cada ceramista, pois cada um utiliza uma técnica diferente.
No ateliê de Kimiko Suenaga e Gilberto Jardineiro, por exemplo, as peças são queimadas em forno noborigama, técnica milenar chinesa que foi incorporada e aperfeiçoada pelos japoneses. O forno é feito em degraus e pode atingir 1.400ºC (graus Celsius).
Kimiko nasceu em Tóquio, no Japão, e veio para Cunha em 1984. Há 26 anos trabalhando com a cerâmica, ela usa vários tipos de técnica e materiais. Em seu ateliê, há diversos tipos de peças como: luminárias, bichinhos, tijolos de cerâmica, vasos, xícaras, canecas, esculturas, entre outros.
De dois em dois meses, no ateliê Suenaga e Jardineiro, o visitante também tem a oportunidade de conferir a “Abertura de Fornada”, onde se pode presenciar a retirada das cerâmicas do Forno Noborigama. Os visitantes ainda podem fazer perguntas sobre o processo de queima e outros assuntos relacionados à esmaltação da peça ou conferir por meio de uma palestra da família a história da cerâmica. De acordo com Kimiko, foi em 1988, que aconteceu a primeira abertura de fornada no ateliê, porém naquela época a infraestrutura da cidade com relação à hospedagem e restaurantes era fraca.
“Desde 88, primeira vez que fizemos abertura de fornada, começamos convidar pessoas para visitar, primeiro eram amigos né e cada vez foi aumentando o convite. Na época, não tinha hotel comercial, o que tinha no tempo era hotel fazenda que tinha um só, até falávamos pras pessoas que tinham sitio, arrumar um quarto para hospedar, depois foi crescendo também, transformando para receber mais visitas e o pessoal foi gostando da tranqüilidade de Cunha, bastante natureza, lugar de visitar, cachoeira, essas coisas, o pessoal foi gostando, aí mais ceramistas também vieram pra cá...”lembra .


Outro casal que possui ateliê em Cunha é Sandra Quirino e Cristiano Quirino. Ela é Presidente da Associação de Ceramistas em Cunha e ceramista. Ele, artista plástico e ceramista. Há oito anos com o ateliê, os dois resolveram mudar para Cunha e moram com a família na cidade.
De acordo com Cristiano, Cunha os atraiu pela cerâmica, mas também pelo clima excelente da cidade.“Cunha é uma cidade pacata, uma cidade muito grande, é o maior município em território do estado de São Paulo, então tem muita vida rural e essa proximidade com Paraty é interessante, e então o que a gente precisa é mais comunicação e infraestrutura para que essa região seja desenvolvida para atrair mais turistas, pois a cidade também tem muitos atrativos naturais”, ressalta.
No ateliê, o casal muito simpático gosta de mostrar aos turistas os materiais que eles utilizam e como é feito o processo de preparação da argila. O tipo de forno que eles utilizam é a gás, mas em alta temperatura.
De acordo com a Presidente da Associação de Ceramistas, Sandra Quirino, a diversidade de cada ceramista também é uma marca da cerâmica de Cunha e o que faz com que os turistas visitem vários ateliês.
“Cada ceramista tem estilo próprio, apesar de trabalhar com a mesma matéria prima, cada um trabalha diversificando, criando seu estilo, por isso, o visitante que vem, pode visitar todos os ateliês, pois ele não vai encontrar nada igual ao outro, e isso é muito animador.”



Quer conhecer um pouco mais dos ceramistas e dessa arte? Assista a reportagem exibida pelo Jornal da Globo sobre o assunto.

                                                   Reportagem sobre a Cerâmica de Cunha
  
Agora que você conhece um pouco mais sobre a cultura e as belezas de Cunha que tal agendar uma visitinha? Confira abaixo um guia que vai te auxiliar nesse passeio. Boa Viagem!

GUIA


>>> COMO CHEGAR

Quem vem de Lorena e região pode pegar a Via Dutra e depois já em Guaratinguetá basta seguir pela Rodovia Paulo Virgílio, a SP-171, até Cunha.

>>> O QUE FAZER LÁ?

Ateliê Suenaga e Jardineiro

Rua Dr. Paulo Jarbas da Silva,150, Cunha. Tel.(12) 3111-1530

Ateliê Alberto Cidraes

Rua Manoel Prudente de Toledo,461, Cajuru. Tel. (12) 3111-1628

Ateliê Sandra e Cristiano Quirino

Rua Manoel Prudente de Toledo,448 , Cajuru. Tel. (12) 3111-2456

>>> ONDE FICAR

Pousada Vila Rica: (12) 3111-2612

Pousada Barra do Bié: (12) 3111-1477

Pousada Candeias: (12) 3111-2775

>>> ONDE COMER

Restaurante Quebra Cangalha

Cozinha com pratos típicos mineiros e de Cunha; Rua Manoel Prudente de Toledo, 540, Cajuru. Tel. (12) 3111-2391